A transcendência por meio do espirito

Inúmeras evidências nos asseguram que apesar de nosso corpo ser mortal, nossa alma é dotada de imortalidade, por ter sido criada não na dimensão material, mas sim numa dimensão virtual, mas muito concreta em nossas experiências comuns. A partir das sensações de quase morte, passamos para as experiências das comunicações telepáticas, abarcando depois nossos informes oferecidos pela religião, nos quais JESUS CRISTO nos assegura, de forma peremptória, a certeza de nossa imortalidade, em inúmeras passagens do Novo Testamento.

Charles Sanders Peirce

Nossa bem-aventurança  é assegurada pelas constatações obtidas através do fato de que nossa morte transcorre num determinado tempo e espaço, que inserida na miríade de seus momentos, permanece potencialmente presente na História, além de poder ser relembrada por nossa memória ou por quem deseje confirmar sua ocorrência.

Ora, esta tríplice condição (nosso Espírito agindo como vontade e memória) é o fundamento perene de que Ele é essencial para garantir a permanência constante de qualquer ocorrência, sem O qual nada pode se efetivar, ou seja, devemos considerá-Lo inerente a todo o processo de transformação. Estou me referindo ao fundamento primário de toda a realidade, sem o qual nada pode ser considerado.

Esta não é uma constatação apenas de fé, pois está  inserida na lógica mais profunda de nossa experiência mental, que inclui, desde o começo, um fator transcendente como fundamental e necessário para a formulação de qualquer hipótese. Trata-se aqui de uma constatação transcendental, garantida pela semiótica de nossas percepções, a tríade dos significantes  e significados, cujo resultado é um triângulo simbólico, no dizer de CHARLES SANDERS PEIRCE.

Portanto, o fato de nossa imortalidade é evidente, por estar inserido numa complexidade trinitária de fatores, através dos  quais nos incube pensar seriamente nas consequências advindas a partir de sua realidade, que nos descortina a seriedade dos atos que vamos praticar durante nossa vida terrena, que se apresenta como dependente das condições a nós oferecidas. Que a divina inspiração nos doe esta graça, como aquela proferida por CRISTO a seu companheiro de suplício (São DIMAS): Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso!