Enlevos espirituais

Sentir o Espírito é ser transportado para a esfera das convicções não sensíveis. É obter a graça acessível a todos que ultrapassam a normalidade de suas percepções, pela captura extraordinária do mundo etéreo de nossas impressões transcendentes. Por suas características presentes no além de nossa sensibilidade normal, é passar a habitar o mundo da arte e das simulações do eterno e da felicidade sonhada.

São Tomás de Aquino

Como diria STO TOMÁS DE AQUINO, alçar ao mundo do Espírito é possuir um nível de desenvolvimento intelectual e moral um pouco acima da normalidade, um preparo de capacidade e fé reservado a apenas algumas pessoas. Para tanto, basta alcançar os detalhes de sua originalidade, ao percebermos mundo tão desejado. Pelo Espírito, somos dotados de criatividade, racionalidade, sentimento e liberdade, porém nosso agir rotineiro acaba prisioneiro da frugalidade dos interesses, pela rotina de nossos fazeres, não permitindo os seus enlevos.

Dessa forma, no exercício de nossa criatividade, sentir a presença do Espírito é descortinar a sua natureza transformadora, como  ao ouvir uma boa música, ler um bom livro ou orar em silêncio. Exercer um trabalho construtivo, que sirva de exemplo para todos ao torná-lo  benfazejo não só para mim, mas para toda a humanidade. Inúmeras vezes temos utilizado de nossa criatividade para produzir instrumentos de sofrimento e morte, o que não corresponde com  o bem que disso poderia resultar. Por isso há de haver uma ética em nossas atividades criativas, com vistas a eliminar os interesses apenas particulares.

Da mesma forma, o uso de nossa razão em relação a nossa espiritualidade exige humildade e confiança na presença de um Espírito virtual, mas concreto em seus efeitos. Deve ser um exercício sincero de aplicar a conhecimento em todas as suas dimensões de ciência e fé, sem preconceitos.

Sentimentos de amor para com toda a humanidade e espírito de prestação de serviços, eis o que o Espírito espera de nós. Disso haverá de resultar uma paz duradoura e feliz para todos. Finalmente, sermos escravos de nossa liberdade significa não fazer tudo que deseje, mas apenas aquilo que nos seja conveniente, no dizer de SÃO PAULO. Isto facilitará a presença em nós, de um Espírito Santificador que nos redime.