Morigerar nossos poderes

A esta altura dos acontecimentos, a recente eleição do Papa Leão XIV representa uma clara destinação: compelir as elites políticas americanas a não tomar tantas atitudes anticristãs, como deportar imigrantes aprisionados como se fossem marginais, etc. Ora, pelo fato de que também somos possuidores de uma espiritualidade que nos orienta, seria de bom alvitre ter sempre em mente os limites que a humanidade nos aconselha seguir.

Como se sabe, o exagero de nossas apreciações ao tomar certas medidas constitui um permanente perigo para mim, para os outros e para a humanidade, dependendo da situação política em que nos encontremos, o que demanda um permanente cuidado quanto aos poderes que possamos exercer.

O que a humanidade está sendo submetida hoje é uma tragédia, pela ação desmedida de alguns líderes políticos, que parecem não dispor de  um mínimo de morigeração no exercício de suas atividades públicas, o que representa um momento crítico e de perigo para toda a humanidade, para não dizer para todo o Universo.

Disputas na conquista de território, hegemonia armamentista, conflitos ideológicos ou religiosos, diferenças étnicas, domínio econômico, estes são apenas alguns dos principais problemas políticos e culturais que nos afligem, agravando sobremaneira o transcorrer de nosso século atual. Não obstante, como sair deste imbróglio, de urgente necessidade?

Lamentavelmente, as perspectivas não são otimistas. O falecido Papa Francisco, num esforço profético, nos deixou uma marca indelével de como seria possível o abandono do mal, pela assunção de nossa herança cristã, mas que infelizmente sofre de preconceitos arraigados e solidificados na cultura regional, impedindo a tão desejada unidade pela fraternidade humana.

Contudo, uma esperança transcendente é imorredoura em nossa consciência, aquela advinda não das vontades humanas, mas da Providência Superior que nos sustenta, o que não dispensa qualquer esforço heroico que cada um possa fazer em favor da paz mundial.

O apelo atual é dirigido a todos os líderes mundiais que morigerem os seus poderes, com vistas a possibilitar o advento de uma era de paz ainda não alcançada. Necessitamos aprender a morigerar nossos ímpetos de poder, o que contribuirá, em muito, para a obtenção de nossa tranquilidade individual e social.