Seguindo o prisma da ciência, tudo o que ocorre em nossa realidade é natural, causado por fatores segundo o determinismo das relações de causa e efeito. Não obstante, a partir do prisma da realidade espiritual humana, as coisas soem parecer um pouco mais complicadas, pela interferência de inúmeros fatores não naturais.

Immanuel Kant

Dotado de espiritualidade, o ser humano tem o seu desempenho enriquecido por quatro características diferenciais quais são a criatividade, a racionalidade, o sentimento e a liberdade, tornando a sua vida suscetível de uma abertura a níveis não alcançáveis por sua estrutura material. Dessa forma, consciente de possuir uma alma imaterial, alça voos até encontrar as razões de sua existência.

E o primeiro desses voos é o fenômeno de nosso conhecimento, obtido por meio de processos criativos, como uma dádiva a nós concedida, por ser  diferente de meu cérebro e se colocar com a capacidade de intuir ideias abstratas, ultrapassando o tempo e o espaço e se colocando num patamar de espiritualidade acima de suas condições naturais. O próprio cientista alemão IMMANUEL KANT, na sua Crítica da Razão Pura, teve que acabar reconhecendo o caráter transcendental de nossas ideias, pelos juízos sintéticos a priori.

Nossa racionalidade daí passa a ser a origem das transformações essenciais que impomos ao meio ambiente, produzindo ciência e artes, que nos capacita a enriquecerr os mistérios da criação, que são ricos em sua profundez e variedade. Não obstante, este aumento considerável da capacidade humana em inovar não deixa de apresentar graves riscos, capacitando o ser humano de uma potencialidade destrutiva fenomenal, causando guerras e conflitos trágicos.

O contrabalanço desses infortúnios poderá ser dado pela eclosão de nossos sentimentos, que enfocando o bem inerente a todos os nossos atos, seria capaz de superar a maldade proposital de nossos atos. Aqui, só um milagre transcendente seria capaz de superar tanta maldade. Por isso, nosso desvelo na prática de coisas boas se torna fundamental em nossos desempenhos. Por fim, a prática de nossa liberdade deverá ser comedida pela moderação e o bom senso em todos os nossos atoa, para assim nos assegurar o equilíbrio de nossos desejos, nos garantido, por consequência, a tão desejada paz em nosso diuturno viver.