O vocábulo arcano deriva de seu homólogo grego arqué, com o sentido de fonte, origem, princípio. Chamamos arcanos dos significados os pressupostos hermenêuticos que nos permitem alcançar determinadas conclusões fáticas ou teóricas, mas que são resultado de diversos pressupostos, sejam de natureza histórica, dogmática, psicológica, filosófica ou religiosa, dependendo da perspectiva em que são originados, oscilando em alternância de se constituírem como fatos, previsões, estruturas ou conclusões fundantes.

Aristóteles

Suas justificativas repousam nas potencialidades do mundo quântico, os saltos de compreensão que nossa racionalidade alcança, em função da dinâmica histórica dos acontecimentos, que necessitam ser compreendidos numa progressão semiológica. Portanto, tal apreensão do sentido não se dá aleatoriamente, mas deve estar subordinada a critérios de certeza histórica, autoridade, e coordenação entre as causas, sob pena de perderem a sua consistência.

Sem dúvida, sem estes saltos quânticos de significação, seria impossível à nossa razão estabelecer as conclusões ou os dogmas mundialmente aceitos pela nossa cultura, sem os quais não poderíamos estabelecer qualquer significação profunda. Como exemplo, estabelecer que CRISTO é o MESSIAS enviado por DEUS, resulta de um conjunto de fatores sobrenaturais não obtidos apenas por meios compreensivos, mas um salto de significação só obtido por vias transversas.

Magos e prestidigitadores têm se aproveitado desses arcanos com a finalidade de obter assertivas ou previsões de futuros acontecimentos, como ocorre frequentemente, explorando assim a crendice popular. Ora, este uso indevido compromete a consistência histórica dos fatos, que devem ser constatados como duvidosos.

Temos que reconhecer que tudo isso é obtido apenas por meio de nossa  consciência quântica, que é Pensamento de Pensamento, no dizer de ARISTÓTELES e representa um verdadeiro milagre na transformação da realidade, nos capacitando vislumbrar coisas além do natural. Na verdade, ela se constitui como uma graça em nosso Espírito, nos conduzindo a reconhecer o caráter sobrenatural em nossa vida. Dessa forma, o que se pede é apenas o reconhecimento de que nossa existência não se deve limitar apenas na manifestação de nossos cinco sentidos, mas abrir nossa inteligência para o extraordinário.