Meu olhar translúcido

Pela bruma do anoitecer, só consigo enxergar o festival do céu estrelado se enfocar a minha vista no céu de modo penetrante, tentando, dessa forma, ver a sua beleza. Assim também, para conseguir ver além das aparências, necessitarei meditar, com profundidade mística, procurando alcançar a essência que se esconde atrás de todas minhas percepções ‘descuidadas’.

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O espírito e suas heterologias

FRIEDRICH NIETSCHE (1844-1900), em texto célebre do Assim Falou Zaratustra, nos apresenta as três transformações necessárias ao desenvolvimento do espírito humano, comparando-o, num sentido materialista, ora a um estômago, nosso órgão digestivo que se vê submetido ao trabalho de digerir os diversos alimentos, assim também, nosso espírito fica com a tarefa de assimilar as diversas impressões que nossa imaginação desenfreada produz, no trabalho de desprezar toda a escória que não nos possa parecer relevante.

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Morigerar nossos poderes

A esta altura dos acontecimentos, a recente eleição do Papa Leão XIV representa uma clara destinação: compelir as elites políticas americanas a não tomar tantas atitudes anticristãs, como deportar imigrantes aprisionados como se fossem marginais, etc. Ora, pelo fato de que também somos possuidores de uma espiritualidade que nos orienta, seria de bom alvitre ter sempre em mente os limites que a humanidade nos aconselha seguir.

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O Eu em dimensão mística

Parafraseando STO. AGOSTINHO, sou possuidor de uma trindade que me constitui como Natureza, pois sou dotado de Poder, semelhante a Deus Pai, Sou dotado de redenção como Deus Filho e sou dotado de Consciência, como Deus Espírito Santo. Mantenho tudo isso no interior de minha alma, como o habitat natural de um ser humano que é divino em sua origem.

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A plenitude da graça (em homenagem ao Papa Francisco)

A plenitude da graça é aquela que só é alcançada quando a pessoa se dedica inteiramente a um mister, desprezando qualquer interesse, mesmo que sejam por egoísmo pessoal. Sem dúvida, há aqui um paradoxo ético, já denunciado por KANT, segundo o qual é impossível ao ser humano em suas ações, livrar-se da obsessão de sua procura pelo Bem, mesmo que seja a si mesmo referido. Sem dúvida, este fato é mais uma graça a nós concedida, resultado de uma compensação  pelos esforços que porventura tenhamos despendido na prática das virtudes éticas.

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Os fins são transformações

Inúmeras evidências nos indicam que a Natureza desconhece a ideia de fim, por colocar tudo em transformação, ou seja,  é a transformação que, no macrocosmo, se nos aparenta ser um fim, porém, ao contrário, no micro cosmo, algumas partículas são eternas e noutras as  transformações são contínuas, imperceptíveis, sem fim. Dessa forma, devemos considerar a ideia de fim como uma intrusão.

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O espírito, além dos infortúnios

O Espírito, contrariando tudo que a Natureza nos apresenta, é dotado de uma característica peculiar: ser dotado de poderes neutralizantes, nos quais tudo parece enquadrado em suas necessidades. Por isso, Ele sofre muito em suas relações com o mundo material, do qual Ele é completamente diferente. Inserido em nosso corpo como um hóspede malquerido, não vê a hora de se libertar de tantas limitações.

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Os deserdados da fé

Os deserdados da fé são os ateus, que não aceitam os benefícios concedidos àqueles que se curvam às evidências da crença e que a cultura leiga insiste em cultuar, em nome de uma suposta liberdade de opinião. Contudo, seria um bom começo se pudéssemos vislumbrar o dia em que a modernidade passasse a ser mais tolerante com as manifestações sagradas da fé religiosa.

Nossa Senhora de Lourdes

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O advento da astrobiologia

O conceito de astrobiologia, criado pelo antropólogo francês RENÉ BERTHELOT (1872/1960), representa uma abordagem moderna referente às relações existentes entre os astros e a vida humana, que já era conhecida como astrologia, ou o conhecimento das influências celestes em nossa vida. Mesmo com esse reconhecimento, soube determinar a analogia profunda que os distingue, não mais considerando o céu como a morada dos deuses.

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