Pesquisas recentes no macrocosmo estão a nos indicar a presença de vida  em alguns planetas, pelo menos em condições larvais. Ao mesmo tempo, observando nosso planeta Terra, podemos observar que ele sustenta um esforço monumental na sustentação da vida, considerando a morte apenas como uma condição natural de futura sobrevivência.

Mesmo dependente de condições físicas, o Universo representa bem o que pode ser considerado uma obra divina, não só por suas proporções, como também pelos aspectos multifacetados de que é possuído, na  variedade das formas em sua evolução, albergando formas de vida permanentes, que ultrapassam a sucessão temporal, através das transformações genéticas.

A eclosão do novo é o que o constitui, sem perder o fato de que as coisas precisam ser renovadas, conservando a herança de seu passado, neutralizando assim o que poderia se perder, face à transformação contínua das coisas. Na dialética da transformação, tudo parece ser o mesmo, sem perder o fato de sua mutabilidade.

O surgimento de seres racionais, dotados de reflexão, é um fenômeno até agora não explicável pelas condições físicas da biologia, o que deve ser considerado um propósito transcendente acrescido ao determinismo das causas naturais, sobrelevando que a ordem natural  das coisas, para os seres humanos, vem revestida de nuances abstratas, por força de sua espiritualidade.

Nosso espírito é dotado de criatividade, racionalidade, sentimento e liberdade, as quatro características que abarcam toda a sua potencialidade, sem perder a unidade complexa que o constitui. Como uma dádiva transcendente, nosso espírito é similar ao Espírito Santo que dá vida a todas as coisas. Como habitantes de um universo etéreo, podemos atingir dimensões estranhas ao mundo da matéria, simultaneamente que nos habilita a perscrutar suas origens não materiais.

Pois que o Universo, desde os seus constituintes microcósmicos, se nos apresenta como dotado de características espiritualizadas, interagindo e atuando à distância, como seres quânticos, constituindo um universo de reações inovadoras, fazendo surgir o novo de uma forma repentina. Dessa forma, uma clarividência divina subjaz a tudo o que o Universo apresenta, justificando suas origens não naturais.