Do nada à existência

Por que existem as coisas em vez do nada é pergunta recorrente na história do pensamento humano e qualquer resposta natural não esgota o mistério de sua ocorrência (sic). Trata-se aqui do surgimento de uma compreensão só acessível ao seu humano, através de sua capacidade mental, espiritual e abstrata, algo ainda mais notável que a própria concretude do Universo!

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Reflexões sobre processos miméticos

A cultura grega nos legou os conceitos de mímesis e poiesis, o primeiro referente aos processos de imitação e o segundo como formas de criação relativamente incondicionadas, como ocorre na poesia e nas intuições conceituais, aparentemente inovadoras. Digo aparentemente porque, no final, ambas se nos apresentam dependentes das influências que as antecedem (sic). Continue lendo

Deus: uma invenção?

RENÉ GIRARD, pensador católico francês (1923-2015), indagado sobre a realidade de Deus como uma invenção humana, prontamente respondeu pela negativa, com base em sua crença cristã e em sua epistemologia mimética. Não obstante, o que esta teoria do conhecimento quer dizer? Ora, justamente o fato de que tudo o que o ser humano compreende, é, no final, apenas uma abstração, tendo  por base, porém, suas condições primárias de embasamento.

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Espírito quântico

Meu eu, espírito virtual
Estranho ao material
Tem forte luminescência
Indicando transcendência

Espírito, eterno pulsar do Universo
É partícula em reverso
Refluindo o caos do disperso

Percepções em abstrato
Refletindo o substrato
De sua origem divina
Como milagre que  ilumina

Uma visão holística do Universo

É sintomático  verificar que há ainda muitos autores materialistas que insistem em suas teses radicais, disfarçando-as de boas promessas futuristas, como se constata com o festejado HOMO DEUS, de Yuval Noah Harari (SP, Companhia das Letras, 2015). Não obstante, faz- se necessário  considerar as dúvidas patrocinadas pela ciência, que nos apresentam um Universo bastante complexo e precário, contrariando tais atitudes promissoras da redenção autônoma  da humanidade, demandando bastante humildade e pronto reconhecimento das incertezas que cercam a realidade como um todo. Continue lendo

O pulsar quântico do Universo

Dizer que a realidade do Universo, em sua essência, é pulsar quântico, significa entendê-lo como ondas oscilantes que se alternam constantemente em partículas, dentro das incertezas que cercam o mundo dos átomos (HEISENBERG). Porém, isto não se dá nas perspectivas da física clássica, por fazer parte do universo peculiar das micropartículas. Assim, este pulsar dá o perfil de todos os fenômenos que observamos, desde o surgimento ou extinção de planetas, como também as sístoles e diástoles dos batimentos de nosso coração. Como consequência, tudo se torna evanescente e virtual, pela incerteza e oportunidade de tudo o que ocorre. Continue lendo

A conformação triádica do tempo

Em geral, o tempo parece ser um fenômeno uniforme, envolvendo a transformação contínua das coisas. Não obstante, nosso espírito consegue distinguir as características peculiares de seus três grandes aspectos, próprias da natureza específica dos universos a que estão submetidos. Continue lendo

O fim das coisas, retratado nos três Universos

Aparentemente, a morte significa o patético fim de nossos seres biológicos, limitados que estamos aos determinismos naturais. Não obstante, a morte nos parece importante à sustentação da vida, sem a qual esta não poderia se manter em sua continuidade. Em acréscimo, dotados de consciência e a partir dos instintos naturais de sobrevivência, ficamos com a convicção de que ela se resume apenas num processo natural de transformação, não possuindo estrutura essencial. Para isso, basta considerar nosso corpo envolvido em diferentes condições, quando relacionado, seja ao mundo cósmico, seja ao mundo quântico ou pelas características virtuais de nossa espiritualidade, que permite identificar-nos independentemente de nosso  corpo, sendo este apenas um instrumento, uma morada do eu. Continue lendo

O mal apresenta aspectos virtuais

A ideia de mal surge de uma visão distorcida  dos determinismos naturais, quando contrariam nossas expectativas pelo bem. Digo distorcida por constatar que o bem e o mal  são  estranhos aos fenômenos da Natureza.  Ora, tal contradição faz os conceitos de bem/mal se tornarem virtuais, pelas próprias condições de nossa espiritualidade e pela tentativa de encontrá-los fora de nós. Tal antropomorfismo torna a discussão sobre tais valores bastante controversa, tornando-nos céticos em relação à sua  consistência (anfibologia). Continue lendo