A presença do espírito é o fundamento da transformação de nossos sentidos, colocando-os em processos simbólicos e virtuais de percepção, o mundo das artes, constituindo-se no diferencial profundo dos sentidos dos animais, que os possuem de forma rudimentar. As diferenças são enormes, não havendo possibilidade de comparação.
As reações do corpo em suas percepções começa com o conhecimento oriental, a partir da ideia dos chakras, ou os polos de concentração das sensibilidades de nosso corpo, que em número principal de sete, comandam as reações localizadas de nosso corpo, possuindo dimensões espirituais, transcendentes e imanentes. Tais são: o chakra básico, sacral, plexo solar, cardíaco, laríngeo, frontal e coronário.
O chakra raiz ou básico se encontra localizado entre o ânus e os órgãos genitais e é responsável pela nossa conexão, no plano físico, com a energia da Terra. O chakra sacral se localiza alguns dedos abaixo do umbigo e estimula a sexualidade, a energia feminina e os relacionamentos. O chakra plexo solar está localizado na altura do estômago e ajuda a caracterizar a personalidade e o poder pessoal; chakra cardíaco, localizado na altura do coração, estimula o amor divino e humano, como se fosse a morada de nossos sentimentos; chakra laríngeo, na altura da garganta, é fonte de manifestação e expressão da verdade; chakra frontal, localizado na testa, um pouco acima da sobrancelha, é fonte de intuições virtuais; finalmente, chakra da coroa, localizado acima da cabeça, que nos abre para o transcendente.
Há variadas formas de estimular o equilíbrio dos chakras, contribuindo assim para nossa harmonia interior. Hábitos morigerados, meditação, calma, silêncio e oração, exercícios de yoga, são os diversos instrumentos que dispomos para desenvolver ou manter nossa saúde corporal e espiritual. Isto significará termos longevidade e higidez.
Por outro lado, segundo a ciência ocidental, nossos cinco sentidos são os instrumentos que nosso corpo possui para tornar possível seu intercâmbio com o mundo exterior. Tais são a visão, o tato, o olfato, o paladar e a audição, que também permitem o surgimento das artes virtualizadas, dependendo de nossas inspirações transformadoras.
Assim, o tato expressa o poder de nossas mãos na manipulação da realidade, produzindo maravilhas em forma de artesanato e afeição; também transformam situações, pela sua imposição próxima à aura do corpo, como fazem os místicos e psicólogos, provocando milagres e exorcismos transformadores. O mesmo ocorre com nossa visão, parente do sol em sua energia radioativa, provoca o surgimento de visões performativas, as formas mágicas dos objetos virtuais, como aqueles dos universos paralelos; o olfato nos é pródigo em perceber perfumes divinizados, os aromas sutis que encantam o ambiente; nosso paladar sabe apreciar boas comidas, a arte culinária dos mestres cozinheiros; e finalmente a audição, que nos permite o deleite das boas músicas, os sons divinos orquestrados, nos inspirando momentos de serenidade ou o contraponto dos ruídos explosivos. Portanto, é a ação do espirito em nossos sentidos que nos torna capazes de transformar o mundo físico, portadores que somos de uma centelha divina, não natural.