Um, dois, três… e toda a realidade se fez

O Universo humano, como soe acontecer, não é dualista, mas sim trialista. Pois que nossos sentidos externos foram criados para perceber as coisas em três dimensões que constituem nosso mundo sensível (horizontal, vertical e volume). Da mesma forma, tudo começa a ser triádico: nossas palavras envolvem três momentos (significante, significado e objeto (signo).

Poe outro lado, na dinâmica dos acontecimentos, há uma tríade dialética envolvendo três momentos, uma afirmação, uma negação e uma superação, mantendo assim o equilíbrio dos contrastes. Isto ocorre por que os números um, dois e três são mutuamente dependentes; não obstante, o UM tomado isoladamente, fica sofrendo de uma nostalgia impaciente, o que o leva a criar o DOIS, iniciando assim um convívio participativo.

Não obstante, o DOIS é muito influente, por se nutrir exageradamente das oposições naturais (dualismo), ficando muito comum entre nós. Em complemento, o TRÊS nos aparece como a superação da hegemonia dos opostos binários e compensando o isolamento do UM, é fonte de enlace e sentimento (amor), assim mantendo o equilíbrio entre os três.

Por outro lado, nosso convívio social é sempre trinitário, seja na constituição da família (pai, mãe e filho) seja na vida pública (eu, tu e ele). Finalmente, nosso conhecimento é também uma relação trinitária, por conter não só uma relação binária (sujeito e objeto), não pode dispensar a presença da inteligência para conceituá-lo.

Em sua origem cristã, a doutrina da Santíssima Trindade nos assegura a presença de Deus Pai Criador, de Deus Filho, nosso Redentor e de Deus Espírito Santo nosso Inspirador, constituindo a base de toda a teologia, esta doutrina une o céu e a terra num mesmo paradigma, confirmando o princípio esotérico de que o aqui de baixo confirma o que está em cima.

A aplicação dos números na Natureza é fato corriqueiro, mas foi PITÁGORAS quem primeiro, usando de um triângulo, tornou-se o fundador das ciências matemáticas. Dessa forma, a relação entre as quantidades se torna triádica (o quadrado da hipotenusa é igual soma do quadrado dos catetos).

A morte, também, não significa um fenômeno binário de começo e fim, pois que não tem como destruir a alma, a dimensão espiritual de nosso corpo, que não é constituída de partes ou de matéria.