Sudário e ressurreição

Permanece viva a polêmica sobre a autenticidade do lençol de linho que teria envolvido o corpo de Cristo, no momento de seu sepultamento e até hoje a Igreja não o legitima, por falta dos dados necessários à sua certificação. Pesquisas recentes por meio do carbono 14, afirmam que a imagem no tecido data do século XIV, o que comprovaria a sua fraude.

Não obstante, pesquisas mais minuciosas no tecido comprovaram que suas microfibras são contemporâneas à época de Cristo, o que legitimaria sua autenticidade. Contudo, necessário se torna verificar se a imagem expressa no tecido seria mesmo a de Jesus. Pelos detalhes, verifica-se que se trata de um crucificado com uma coroa de espinhos, confirmando o que reza a tradição. Igualmente, contradizendo a crença de que Jesus teria sofrido a crucificação pelos pregos em suas mãos, a imagem mostra os pregos cravados em seus punhos, para garantir a sustentação do corpo.

A polêmica sobre a natureza do Sudário é muito oportuna para nos ressaltar a importância de como é necessária a presença da fé, quando se trata da certificação de nossas crenças, surgidas a partir da constatação dos acontecimentos que se sucedem, alterando sobremaneira o desenrolar dos acontecimentos.

THOMAS DE WESSELOW, em seu livro “O Sinal “ (SP, Ed Schwarcz, 2012)”, através de suas pesquisas, não tem dúvida de que o Sudário guarda um segredo de fundamental importância para legitimar a ressurreição de Cristo, comprovando, pela existência do Sudário,  a marca radioativa do fenômeno. Com isso Ele teria deixado algo sensível para comprovar que de fato Ele continua vivo entre nós.

Segundo o prof THOMAS (pg 17): “De acordo com a descrição dos Evangelhos, três dias após o sepultamento, a ressurreição de Jesus ficou demonstrada por três fenômenos: uma sepultura vazia, o que implicava a revivificação do corpo que fora inumado; uma ou mais testemunhas angelicais junto ao túmulo e diversas aparições do Jesus Ressuscitado a suas seguidores mais próximos, durante as quais Ele se alimentou e foi tocado (além de, aparentemente, ter atravessado paredes sólidas e desaparecido no ar”).

Concluindo, a relíquia do Santo Sudário permanece guardada na Catedral de Turim, na Itália, onde é periodicamente exposta à visitação. Sua história milenar, cheia de tropeços, nos indica a vigilância permanente do Espírito Santo a nos iluminar quanto a legitimidade de herança tão preciosa.