Vivemos imersos em Universos Paralelos

A ideia da existência de Universos Paralelos surgiu a partir da física quântica, com a constatação de que nosso universo existe a partir de constantes cosmológicas, sem as quais ele não teria se formado: tais são a velocidade da luz, a força da gravidade, a coesão das micropartículas em Planck e Avogrado, etc, como formas de sustentação do equilíbrio do Universo. Dessa forma, se elas fossem diferentes, disso resultariam Universos Paralelos? Teoricamente a resposta é sim.

Santo Agostinho

Como nos assegura Sabine HOSSENFELDER em sua obra A Ciência tem todas as Respostas? (SP, Ed Contexto, 2023, pg 126): A característica fundamental da interpretação de muitos mundos é que cada vez que ocorre uma medição quântica, o universo se divide, criando o que é usualmente chamado de um multiverso.

Ora, isto vem nos demonstrar que nada existiria e tudo poderia ser de outra forma, se não houvesse um Atrator que fez a escolha do modelo, o que é um bom motivo para acreditar que Ele existe. Ora, quem faz esta escolha é um Espírito Superior, cuja presença não necessita de demonstração, já que estamos aqui.

Isto não obstante, o fato é que na verdade nós existimos envoltos em muitos universos paralelos, constituintes das variadas dimensões em que estamos envolvidos. Dessa forma, há um universo próprio envolvendo cada ramo de nossas atividades, um universo familiar, social, econômico, filosófico, político e religioso (etc). Cada universo desses nos torna obcecados pelas suas exigências, nos conduzindo a nos tornarmos submissos a seus paradigmas.

Em consonância, nossa imersão em cada um desses universos paralelos demanda um esforço integral de nossas disposições, no sentido de uma dedicação que nos torne autênticos em desenvolver suas potencialidades, de forma simultânea que nos tornem capazes de usufruir seus benefícios.

Refiro-me especialmente ao universo místico de nossas orações, através do qual mantemos um contato vivo com nossas origens transcendentes, e no qual podemos sentir a presença dos poderes superiores que nos guiam. Contudo esta é uma graça que não depende de nós, mas que nos é concedida pela disposição do Espírito Santo que nos anima (2Pe 1. 3-4). Igualmente, como nos assegura Sto. AGOSTINHO: “Como os olhos não podem ver sem a luz, assim o homem não pode fazer o bem sem a graça”.