Quando falamos em democracia formal, vem-nos a ideia daquele regime político criado por ROUSSEAU e MONTESQUIEU (séc. XVIII), baseado na soberania popular, na tripartição dos poderes, no império das leis a serem cumpridas pela igualdade de todos. Não obstante, veio a modernidade, que nos concedeu e intensificou a troca de informações, a manipulação da opinião pública, a universalização das opiniões e modificou a forma de como devemos entender as coisas, causando a relatividade dos conceitos clássicos.
Ora, hoje a política não sabe como conviver com estas diatribes, permitindo que os mais espertos tirem proveito desse imbróglio, doutrinando as massas e tirando assim a legitimidade formal do processo democrático original. Nessa situação, levantam-se suspeitas sobre o que seriam as ações que pudessem, com legitimidade, representar as verdadeiras reivindicações coletivas.